SINOPSE
O espetáculo narra o encontro de um desiludido escritor, com uma criança que chora por que perdeu sua boneca. Para alegra-la, inventa uma história dizendo que a boneca não se perdera, mas que estava apenas viajando. Resolve, então, criar cartas imaginárias escritas pela boneca, endereçadas à menina, contando sobre as aventuras em suas viagens, transformando-se, assim, em um carteiro de bonecas viajantes.
CONCEPÇÃO CÊNICA
A Cia do Abração, sempre fundamentada nos princípios sócio construtivistas que norteiam seu trabalho, propõe um espetáculo de atores, onde a palavra e a fisicalidade dos corpos dos atores tem a mesma importância, força e intensidade, incluindo estéticas do teatro de sombras, abstração de objetos, música e construções coreográficas. Tudo para construir uma dramaturgia e encenação lúdicas, que aportem conteúdo e surpreendam o espectador, através de uma estética brincante e criativa.
O espetáculo narra o encontro de um desiludido escritor, com uma criança que chora por que perdeu sua boneca. Para alegra-la, inventa uma história dizendo que a boneca não se perdera, mas que estava apenas viajando. Resolve, então, criar cartas imaginárias escritas pela boneca, endereçadas à menina, contando sobre as aventuras em suas viagens, transformando-se, assim, em um carteiro de bonecas viajantes.
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CONCEPÇÃO CÊNICA
A Cia do Abração, sempre fundamentada nos princípios sócio construtivistas que norteiam seu trabalho, propõe um espetáculo de atores, onde a palavra e a fisicalidade dos corpos dos atores tem a mesma importância, força e intensidade, incluindo estéticas do teatro de sombras, abstração de objetos, música e construções coreográficas. Tudo para construir uma dramaturgia e encenação lúdicas, que aportem conteúdo e surpreendam o espectador, através de uma estética brincante e criativa.
A inspiração temática é o encontro de um amável, porém,
desiludido escritor, com uma criança que chora por que perdeu sua boneca. Para
alegra-la, inventa uma história dizendo que a boneca não se perdera, que estava
apenas viajando. Resolve, então, criar cartas imaginárias escritas pela boneca,
endereçadas à menina, contando sobre as aventuras em suas viagens,
transformando-se, assim, em um carteiro de bonecas viajantes. A primeira carta
da boneca à menina é um pedido de desculpa pelo seu abrupto desaparecimento,
revelando-lhe sua necessidade de partir para descobrir novos mundos e crescer.
As demais cartas mantém o vínculo da amizade, descrevendo-lhe o mundo de
aventuras para que a menina pudesse compartilhá-lo. A última, uma bela
despedida, confortante, libertando-a de suas carências e inseguranças.
Neste encontro de um adulto com uma criança, onde o
primeiro, que se encontra desiludido e deprimido é tocado pela pureza dos
sentimentos e crença no mundo imaginário de uma criança, abordaremos temas como
o respeito do adulto diante do mundo da criança, bem como o convívio criativo
de duas gerações pode ser saudável para ambos os lados, devolvendo ao adulto, a
esperança de vida, promovendo o afeto e o amor por meio de inusitadas
histórias, que ressignificam o ser “adulto”, aproximando-o do universo da
criança. Além disto, podem-se revelar, na relação da menina e da boneca,
experimentando a ausência física do afeto fraternal, grandes ensinamentos sobre
a amizade e a liberdade. Estes são os objetivos traçados pelo tema desta
montagem.
Através da pedagogia do amor, que encontra suas bases no
processo Montessoriano, a poesia está acompanhada da abstração de objetos do
cotidiano e do teatro de sombras, métodos que o grupo encontrou para traduzir o
amor e conduzir o espectador ao universo lúdico da criança.
A ideia de trabalhar com tais técnicas surge da observação
da criança que naturalmente se utiliza destes artifícios para criar o seu próprio
imaginário, o seu lúdico “Faz-de-Conta”.
Estas opções estéticas, aliadas ao trabalho de música,
poesia, dança e artes visuais, incluindo aí o teatro de sombras, amplia a
possibilidade da fantasia e do teatral, propriamente dito.
Deste processo, desenvolvido com este olhar, vislumbramos
como resultado uma dramaturgia não linear, firmada no poético, possibilitando,
ao espectador, um olhar habilidoso à percepção do belo, aumentando a sua
potencialidade de observação e ressignificação da vida para a construção de um
mundo plural e mais humanizado. Ora, pois, se necessitamos apreciar a realidade
com outros olhos, o olhar precisa ser ensinado e é imprescindível que eduquemos para a Beleza.
E beleza aqui é entendida como sensibilidade, conhecimento, cuidado, como o que
dá sentido à vida, é mistério. Educar o olhar do espectador, neste caso, a
criança de todas as idades, é dever do artista preocupado na formação de
plateias. Tão importante é o artista se questionar sobre qual o seu papel
social: por que deve ir de encontro ao público, bem como fornecer ao público
critérios para que este desenvolva seu olhar avaliativo, sensível, reflexivo e
questionador diante da obra artística e reflexivamente sobre seu entorno.
A concepção dos figurinos para o espetáculo KARTAS DE UMA
BONEKA VIAJANTE se baseará na estética advinda dos anos 30. Ao mesmo tempo,
aporta-se para esta representação elementos que definam a simplicidade e
romantismo de crianças de um tempo onde se brincavam, ingenuamente, em praças
públicas.
O Projeto cenográfico prevê a instalação de um livro
gigante, que dá o suporte para a projeção de teatro de sombras. A sensação de
uma pequena praça, produzida através de um pequeno banco e escadas que formam
um caramanchão e flores feitas de papel, compõem este espaço.
A sonoplastia foi composta especialmente para este
espetáculo e auxilia na narrativa, através de canções.
Nesse sentido, apontamos que a criação de KARTAS DE UMA
BONEKA VIAJANTE se dá na possibilidade cada vez mais latente de construções
artísticas que se pensem coletivamente. A obra teatral, em nossa concepção,
caminha para muito além de textos e narrativas lineares, percorrida em um
espaço e tempo cênicos.
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