"De quem é o túmulo sobre o qual cresce a grama? Chegaram sonhos, chegaram subindo o rio contra a corrente, por uma escada sobem o muro do cais. Você fica parado, conversa com eles, eles sabem muitas coisas, só não sabem de onde vêm." Franz Kafka
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Mandamos hoje nossa primeira karta!
Um pouco do que ela disse foi:
as Kartas da boneKa viajante são entregues ao público para que recebam com um olhar transcendente, e enxerguem através da filosofia de grupo da companhia, que destinam suas Kartas ao corações niños de cada um. É um teatro para quem quer teatro (principalmente quem gosta de abraçar árvores).
Um pouco do que ela disse foi:
as Kartas da boneKa viajante são entregues ao público para que recebam com um olhar transcendente, e enxerguem através da filosofia de grupo da companhia, que destinam suas Kartas ao corações niños de cada um. É um teatro para quem quer teatro (principalmente quem gosta de abraçar árvores).
domingo, 13 de setembro de 2015
Somente o T.E.M.P.O a fará entender...
Kartas de uma boneka viajante é assim:
Um pedacinho do cinema
uma estrada de um lugar qualquer
com muita brisa ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ou ~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ventania...
soprando poemas,
contando historias
que eu vivi,
que eu nem vi...
contando historias de pedaços do que somos.
Eu sou o TEMPO
O tempo corre tão rápido
que quando vejo ele escorre pelos meus dedos
Num fluxo contínuo,
Numa intensa vasão.
Essa catarata feita de tempos
Segue um curso que ainda não entendo
Mas entre tempos e tempos deságua
num gesto, em uma sensação, em uma lágrima.
O meu tempo rege com maestria minhas historias e a minha vida.
É um amor que brota entre dores e sorrisos
e escorre pelo meu corpo
Vértebra por vértebra até as pontas dos dedos.
Ainda é estranho dizer, mas eu acredito
Aqui eu sou o tempo
De coração aberto
Olhos atentos
E ponteiros dedicados
Aqui eu sou um tempo de quatro rodas
com as asas de uma borboleta.
Eu acredito.
Eu sou o tempo.
O meu tempo.
VIVO O TEMPO QUE AGORA POSSO SER!!
Vou com o vento que sopra, sem perceber
Sou do tamanho do que eu quero e posso ver.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Estreia Kartas de Uma Boneka Viajante
O espetáculo narra o encontro de um desiludido escritor, com uma criança que chora por que perdeu sua boneca. Para alegra-la, inventa uma história dizendo que a boneca não se perdera, que estava apenas viajando. Resolve, então, criar cartas imaginárias escritas pela boneca, endereçadas à menina, contando sobre as aventuras em suas viagens, transformando-se, assim, em um carteiro de bonecas viajantes. A primeira carta da boneca à menina é um pedido de desculpa pelo seu abrupto desaparecimento, revelando-lhe sua necessidade de partir para descobrir novos mundos e crescer. As demais cartas mantém o vínculo da amizade, descrevendo-lhe o mundo de aventuras para que a menina pudesse compartilhá-lo. A última, uma bela despedida, confortante, libertando-a de suas carências e inseguranças.
O espetáculo é o 13º texto dirigido à criança produzido pela Cia. do Abração. Com elenco fixo, o trabalho teatral apresenta uma unidade de linguagem consoante com a filosofia do grupo.
Equipe Técnica
Direção: Letícia Guimarães
Dramaturgia: Criação coletiva sob a supervisão de Letícia Guimarães
Iluminação: João Theotonio e Edgard Assumpção
Cenografia: Élio Chaves e Blas Torres
Figurinos e Adereços: Guga Cidral
Sonoplastia, composição e direção musical: Karla Izidro
Elenco: Blas Torres, Juliana Cordeiro e Kamila Ferrazzi
Uma realização da Cia. do Abração.
Confira abaixo o Flyer Eletrônico do espetáculo:
Serviço:
Kartas de Uma Boneka Viajante
Temporada: de 26/09 a 18/10 de 2015
Horário: Sábados e domingos, às 15h
Ingresso: ENTRADA FRANCA
Local: Auditório Antônio Carlos Kraide
Endereço: Avenida República Argentina, 3430.
Capacidade por sessão: 184 espectadores
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: Livre, especialmente recomendada para crianças.
E por fim, o Vídeo Atiçador!
E por fim, o Vídeo Atiçador!
domingo, 30 de agosto de 2015
Karta ao besouro.
Sr Besouro, o senhor tem sido um grande lutador, dia e noite vê-se nos seus olhos uma tentativa de enfrentar a casca, que, aparentemente está se deformando, parece que quando se sente ameaçado você a exibe com olhos murchos, perdidos e medrosos, perdão, mas os olhos da alma vêem através de qualquer escudo.
Infelizmente você se deu conta do quão grande é o fardo de carregá-la e além disso, o confronto consigo mesmo que terá se quiser se livrar dela. Mas até que isso aconteça, haverão alguns momentos que cairá sobre ela e levantar será mais difícil ainda.
Não acho que a casca é ruim, muito pelo contrário, ela poderá ser o seu escudo protetor contra os males, e espero que consiga chegar nesse estágio. Mas, como já disse, é uma luta diária.
O motivo de escrever à você é para que saiba que estarei o aplaudindo no dia em que ficar em pé sozinho, após várias tentativas, virando de um lado para o outro, debatendo suas perninhas, e depois disso, lançar-se no ar num vôo pleno, deixando na memória de todos: o dia em que o besouro acordou menino.
Espero não vê-lo mais um menino que acorda besouro que sai se atirando pelos lados, batendo sua casca pelas paredes numa tentativa de fuga de si mesmo, conte com seus amigos também, não temos experiência em matar besouros, mas com certeza, se vermos um ferido, o ajudaremos.
"Oh, meu Deus, pensou, que trabalho tão cansativo escolhi! Viajar, dia sim, dia
não. É um trabalho muito mais irritante do que o trabalho do escritório propriamente
dito, e ainda por cima há ainda o desconforto de andar sempre a viajar, preocupado
com as ligações dos trens, com a cama e com as refeições irregulares, com
conhecimentos casuais, que são sempre novos e nunca se tornam amigos íntimos.
Diabos levem tudo isto! Sentiu uma leve comichão na barriga; arrastou-se lentamente
sobre as costas, - mais para cima na cama, de modo a conseguir mexer mais
facilmente a cabeça, identificou o local da comichão, que estava rodeado de uma série
de pequenas manchas brancas cuja natureza não compreendeu no momento, e fez
menção de tocar lá com uma perna, mas imediatamente a retirou, pois, ao seu contato,
sentiu-se percorrido por um arrepio gelado."
A Metamorfose, Franz Kafka.
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quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Embalada em Bridget Tichenor
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Bridget Tichenor. |
: Ábrete corazón y deja brillar el sol escondido en tu interior.
entre viagens, o coração bate em um PSsssssssssxiu que diz: Somente o tempo fará entender.
dos caminhos que percorro, escuto outro PSsssssssssssssssssxiu
: o futuro não é um problema a resolver, mas um mistério a descobrir.
Agarro as mensagens do meu caminho, deixando-me embrulhar pelas kartas cujas palavras se fundem - sensíveis - no florescer da criança.
Tempestade de papyrus
papéis
papiere
papyrus
papiere
papéis
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Bridget Tichenor |
: o futuro não é um problema a resolver, mas um mistério a descobrir.
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Bridget Tichenor (1972) |
Tempestade de papyrus
papéis
papiere
papyrus
papiere
papéis
terça-feira, 28 de julho de 2015
domingo, 26 de julho de 2015
Olhar Aliado
mãos palavras
amigos vivências
ideias cores tintas quintais gritos crianças perdidasencontrando
A criação ganha asas frenéticas, se torna destruição, da qual nasce a mais bela e poderosa fênix criadora. Já alertava Pablo Picasso: "Todo ato de criação é, antes de tudo, um ato de destruição" e assim, através da oficina ministrada por Guga Cidral, a Cia do Abração vivenciou estes atos. Se perdendo na individualidade de cada um, e se encontrando na coletividade.
"Kartas de Uma BoneKa Viajante" começa aí. Talvez um pouco antes, ou um pouco depois. Só o Tempo nos dirá. E com tempo, veremos que o próprio Tempo é o condutor dessa bela história. Uma história que começa em um futuro que é o presente, mas embalada pelo Tempo retorna ao passado, aonde o velho encontra o novo e, mesmo tão distantes, se fundem e transformam-se noutro, enquanto o Tempo os conduz pelo caminho da esperança.
Kartein. Um velho. Velhice essa que pesa cada dia mais, seja pela tosse incessante, pelo mal-humor, pela melancolia ou pelo fracasso insistente em exercer o que ama: escrever. Ele é um escritor. Desentendido com seus amigos, o lápis e o papel, exige de seu pulmão que o leve para caminhar ao parque. Um hábito matutino. Sabe como é, todo velho tem suas manias. Manias com tanta monotonia que não sei como ainda são fontes de alegria. Alegria essa justamente atrelada com a monotonia, porque quando ela é interrompida...
Elsí. EL SÍ. eu sim. Eu Sim! Elsí, uma menina em busca de si. Que, por mais chorosa, é curiosa e, acreditando nos sonhos, sonhos de Sisi, do Carteiro de Bonekas e da Boneka K, vive e constrói seu caminho autenticamente. A raíz de Elsí é K:
boneka K
atriz Kamila
amigo Kartein
Kartas
tiK taK tiK taK tiK taK tiK taK tiK taK - foi o Tempo que passou. Passou? Está passando. Passará?
uma teia de complexidades, abstração, que foge das formas e da compreensão.
um Tempo. um Tempo que anda. Anda como?
a pé (o Tempo tem pé?)
sobre rodas - bicicleta, motocicleta, carro, esbarro, trem, aquém, caminhão balão avião
voa, feito passarinho (tem asas?)
ou se arrrrrrrrrrrrrrrrasta, como minhoca, lesma ou tarrrrrrrrrrr...taruuuuuuuuuuuuuuuuuuu...ga
as vezes nem passa. fica parado. ou passa tão rápido que parece se materializar em outro tempo-espaço.
acho que depende. Depende do quê? Depende de quem!
o Tempo pode unir velhos&crianças
tosse a choro
choro a fantasia
fantasia a confiança
confiança a criação
criação a sinceridade
sinceridade a crescimento
crescimento a maturidade
maturidade a esperança
conhecimento a maturidade
curiosidade a conhecimento
imaginação a curiosidade
brincar a imaginação
amizade a brincar
a amar
o Tempo é quem diz.
o Tempo conduz.
É através das Kartas de uma boneKa viajante que dois destinos são unidos. O de Elsí, a caminho do amadurecimento, com o de Kartein, que descobre-se carteiro de boneKas e vai ao encontro da sua criança. Entrelaçados pelo tempo, dando passos a la Antonio Machado: "Caminante, no hay camino. Se hace camino al andar". Passos, pulos, deslizes e giros. Aliados ao tempo, aonde podem um velho e uma criança chegar?
O ponto de partida sabemos. A pista de decolagem da dramaturgia é um livro, "Kafka e a boneca viajante", de Jordi Sierra i Fabra, livro que tem como pista de decolagem um fato real, da vida de Kafka, contado através de sua esposa Dora, que Fabra transforma em mágica literária. Pois, nossa mágica teatral está sendo feita, e o vôo vai longe...
segunda-feira, 2 de março de 2015
Clássicos da Mímica
Espetáculo Clássicos da Mímica apresentado por Gabriel Grimard na Cia do Abração, em 27 de fevereiro. Gabriel Grimard é pesquisador na área de mímica e clow, e contribuiu no processo de pesquisa dos novos projetos "Histórias Brincantes de Muitos Amigos" e "Kartas de Uma Boneka Viajante".
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